Notícias
RMD ANO 13 | Nº4 Julho 2022

O Dr. Diogo Lino Moura (DLM), um jovem médico ortopedista, mas já com um passado médico relevante e com um futuro muito auspicioso, é o coordenador de uma obra acabada de publicar com o título Biomecânica e Traumatologia das Modalidades Desportivas. É uma obra extensa, de 454 páginas, onde muitas dezenas de colaboradores escreveram a sua contribuição de modo muito rico, simples e prático, o que torna a leitura agradável e a assimilação muito eficaz. Na primeira parte, a que tem o nome do título do livro, os autores dos vários capítulos descrevem o que de necessário é preciso saber sobre 30 modalidades desportivas. São mais de 50 autores, onde alunos da Faculdade de Medicina e fisioterapeutas também deram a sua contribuição. É maravilhoso ler sobre a biomecânica e traumatologia de desportos tão populares, como o futsal, o ciclismo, a natação, o ténis, mas também sobre outros mais recentes, como o crossfit, ou com número de praticantes mais reduzido, como seja o esqui alpino, o hipismo, a escalada ou a vela. A Parte II contempla temas que apelidou de controversos, pretende certamente incentivar a discussão em seu torno. No início, os testemunhos valorizam a obra e estimulam a sua leitura. O Prof. Dr. Fernando Fonseca refere que de leitura fácil, e muito completo e abrangente, este livro constitui um marco e uma excelente contribuição para a medicina e traumatologia em Portugal. Que com ela se aprenda e se pratique de forma mais saudável as várias modalidades desportivas. Por outro lado, perceber um desporto, conhecer uma modalidade, é importante para o diagnóstico, e o DLM estuda o contexto como pretexto para a melhor solução (Dr. Basil Ribeiro). Vale a pena ler o livro, pois ele procura fornecer ferramentas teóricas e recomendações preventivas e estratégicas com ampla aplicabilidade prática com o intuito de minimizar a ocorrência das lesões mais frequentemente associadas a cada uma das modalidades abordadas, refere DLM. Parabéns, também à Lidel, a editora da obra. BR
A Academia Cardiovascular da Sociedade Portuguesa de Cardiologia realizou um Curso de Cardiologia Desportiva, nos dias 13 e 14 de maio, na sua Delegação Norte (Porto). O diretor do curso, e grande dinamizador das sessões, foi o Prof. Doutor Hélder Dores, um jovem, mas já uma enorme referência da cardiologia desportiva em Portugal. O número limite de inscrições foi de 40, a apresentação de todas as excelentes palestras foi feita de modo muito informal, percebeu-se a proximidade entre oradores e assistentes, sentiu-se a riqueza dos conteúdos, ficou-se muito orgulhoso pela qualidade da cardiologia desportiva que existe entre nós. Sentiu-se tranquilidade. Não era conhecimento de livro, alimentado por uns abstracts que se leram dias antes, era conhecimento profundo resultante do estudo e da prática diária. Notou-se que havia opinião, notava-se experiência, havia dúvidas também, algumas decisões eram difíceis, mas sentiu-se sabedoria nos palestrantes.


Os assistentes ouviram com atenção, colocaram dúvidas, fizeram comentários, conviveram nos intervalos das sessões, houve muita proximidade. O Prof. Dr. Hélder Dores, os palestrantes e a SPC estão de parabéns, fizeram-nos mais médicos, um pouco mais sabedores, os atletas estarão agora, certamente, mais protegidos. Mostraram-se e interpretaram-se ECGs, aprendemos a olhar para a ressonância cardíaca, a epidemiologia da morte súbita no desporto em 2021 foi informada, falou-se de dopagem e coração, a emergência médica no terreno não podia ser esquecida. E que desporto após a miocardite, a cardiomiopatia hipertrófica, o enfarte agudo do miocárdio? E se o praticante desportivo tiver fibrilhação auricular, uma pré-excitação ou ectopia ventricular? E se tiver um CDI, como gerir este pequenino aparelho de desfibrilhação? As respostas foram dadas sempre de modo competente e sério, nem sempre houve respostas óbvias, mas houve sempre boa informação, há que ser médico e conhecer os sintomas e os antecedentes pessoais e familiares do atleta, há que ler as Guidelines da Sociedade Europeia de Cardiologia publicadas em 2020. Espera-se que este Curso seja replicado noutros pontos do país, outros médicos esperam-no, os atletas também agradecem. BR
A Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva (SPMD) realizou no dia 20 de junho uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) com a seguinte ordem de trabalhos (OT): 1. Leitura e aprovação da ata da assembleia anterior; 2. Discussão e votação da proposta de alteração de estatutos da SPMD. Este referia-se à possibilidade da realização de assembleias gerais através de meios de comunicação à distância, o que permitiria a maior participação dos associados. A assembleia geral, participada de modo presencial ou por videoconferência na plataforma ZOOM, foi bastante animada e produtiva, tendo sido aprovados os dois pontos da OT, o que se felicita, pois doravante os associados poderão estar mais presentes, mesmo que fisicamente ausentes.
