RESUMO DE CONGRESSO

II Jornadas de Medicina do Exercício e Desporto da FMUP

RMD ANO 14 | Nº5 Setembro 2023

Resumo

Presidente das Jornadas: Prof. Doutor Manuel Gutierres
Comissão Organizadora: Dr.ª Helena Fernandes e Dra.Carla Pinto
Comissão Científica: Prof. Doutor Pedro Cantista, Dr. José Ramos, Dr.ª Maria João Sá, Mestre Patrícia Gomes, Mestre João Begonha, Fisioterapeuta Marco Fonseca

Cuidados de Saúde Primários e Atividade Física – a importância de intervir e caminhos para o fazer



Dr. Hugo Almeida
Assistente em Medicina Geral e Familiar UCSP Sul – ACeS Aveiro Norte

A atividade física funciona como terapêutica (não farmacológica) em muitas doenças crónicas não transmissíveis: doença psiquiátricas, neurológicas, metabólicas, oncológicas, cardiovasculares e pulmonares. É do conhecimento geral que os níveis de atividade física são muito inferiores aos recomendados. Por exemplo, segundo dados do último Eurobarómetro, em Portugal apenas 17% da população afirma fazer atividade física com alguma regularidade e 76% passa pelo menos 2h30 do seu dia sentado. As principais razões apontadas para impedir a prática de desporto de forma mais regular são a falta de tempo (44%) e a falta de motivação/interesse (29%). Em relação a estes valores, Portugal encontra-se pior do que a média da União Europeia. Esta inatividade física acarreta maiores custos de saúde (pela sobre utilização dos serviços) e de produtividade (pelo absentismo laboral ou pela produtividade limitada), sendo que os custos anuais derivados da inatividade física são de cerca de 900 milhões de euros. Em Portugal estima-se que 14% das mortes anuais estejam associadas a este fator. Desta forma, sendo os Cuidados de Saúde Primários (CSP) um local de contacto com toda a população e onde diariamente se faz promoção da saúde e prevenção da doença, são um local privilegiado para colocar em prática ações que visem a promoção da atividade física da população.

Existem várias formas de intervir nesta área tão importante da promoção da saúde: atuação a nível legislativo (por exemplo, a possibilidade de incluir faturas relacionadas com a prática de atividade física no IRS); a realização de intervenções breves em consulta sobre este tema deve ser estimulada e deve ser dada oportunidade aos profissionais de saúde para adquirirem ferramentas de forma a atuarem nesta área tão importante, estimulando a criação de consultas de atividade física nos CSP; a incorporação de profissionais do exercício no Serviço Nacional de Saúde; criação de projetos de intervenção em populações específicas como, por exemplo, em grávidas. Estas são apenas algumas das medidas que permitiriam ganhos em saúde muito significativos e, como refere a Organização Mundial de Saúde nas suas guidelines de atividade física, doing some physical activity is better than doing none.

Presentemente está definido que o grande limite da reparação são as lesões degenerativas do menisco quando estas têm indicação cirúrgica. Neste âmbito, é fundamental não interpretar as lesões da raiz do menisco interno como degenerativas sem indicação para tratamento. Apesar de ocorrerem sobretudo na 5ª década de vida, nos casos em que o joelho apresenta adequada cartilagem, estas lesões não deverão ser negligenciadas e deverão ser tratadas, dado o seu potencial destrutivo para a articulação.1 A evolução do seu tratamento já não passa apenas pela reinserção transóssea. Alguns trabalhos têm sido publicados sobre a necessidade de, em casos selecionados, associar técnicas de recentralização meniscal de forma a corrigir a subluxação.

Na reparação utilizamos diversas técnicas, nomeadamente: all-inside, inside-out ou outside-in, a reinserção transóssea das raízes meniscais anteriores e posteriores e a possibilidade de recentralização meniscal com ancoras ou túneis transósseos.

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