RESUMOS E COMENTÁRIOS
FMUP
RMD ANO 14 | Nº5 Setembro 2023
Resumo e comentário
Muscle-strengthening Exercise Epidemiology: a New Frontier in Chronic Disease Prevention1
Dra. Carolina Paiva, Dra. Sandra Assunção
Internas de Formação Específica. Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais. Tocha.
Sabe-se atualmente que o exercício de força (exercício que utiliza máquinas de pesos, bandas elásticas, pesos livres, peso corporal, etc.) está associado a inúmeros benefícios para a saúde, nomeadamente na massa/ força muscular, densidade mineral óssea, desempenho nas atividades de vida diária, perfil cardiometabólico e sintomas de depressão/ansiedade. Várias metanálises demonstraram, inclusivamente, a superioridade deste tipo de exercício face ao exercício aeróbio na prevenção de sarcopenia, um problema de saúde emergente, cuja prevalência tem aumentado de acordo com a tendência demográfica de envelhecimento populacional. Para além disso, verificou-se, ainda, noutra metanálise que uma a duas sessões de exercício de força por semana se associa a redução na mortalidade. Outros estudos prospetivos com dados americanos apontam para uma associação entre exercício de força e redução da incidência de diabetes, doença cardiovascular e neoplasia. Apesar disto, apenas aproximadamente 20% da população mundial cumpre as recomendações da prática deste tipo de exercício. Esta é a base para o artigo publicado online em 2020 no Sports Medicine – Open, da autoria de Jason Bennie, investigador do Physically Active Lifestyles Research Group da Universidade de Queensland do Sul, Austrália, e seus colaboradores, que fornece uma visão global da epidemiologia do exercício de força, identifica possíveis causas para a baixa adesão à sua prática e propõe estratégias que permitam reverter esta tendência.