Tema 2

Medicina Desportiva no SNS

RMD ANO 13 | Nº6 Novembro 2022

Medicina Desportiva no SNS

Dr. Paulo Pinheiro1, Dr. Diogo Simões1, Dr. Marco Botelho2, Dr. Ricardo Miranda1, Dr. Victor Coelho2,3

1Interno de Medicina Desportiva, Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca (HFF);
2Especialista em Medicina Desportiva, HFF; 3Diretor da Unidade de Medicina Desportiva do HFF.

A Medicina Desportiva é uma especialidade médica com um crescimento particular nos últimos anos. Apesar de reconhecida pela Ordem dos Médicos desde 1981, só em 2013 é que se iniciou a formação específica de acordo com um programa de internato médico definido. Com duração atual de quatro anos, o programa formativo integra vários estágios que permitem ao profissional desenvolver competências em áreas distintas, como musculosquelética, clínica médico-desportiva, fisiologia e biomecânica do exercício.

A mudança de paradigma na especialidade é importante para a qualidade da formação em Portugal, embora em termos quantitativos ainda não seja possível registar um impacto significativo. Até ao momento existem oito especialistas formados por via do internato médico e três internos em formação.

Em Portugal, existem duas entidades com idoneidade reconhecida para a realização da formação específica em Medicina Desportiva – Centros de Medicina Desportiva e Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, tutelados por Ministérios distintos.1 Esta diferenciação cria, em cada uma das situações, oportunidades e limitações importantes que não serão discutidas neste artigo. É necessário sublinhar, no entanto, o potencial que uma organização com recursos humanos e técnicos nesta área integrada no Serviço Nacional de Saúde tem para a instituição e, sobretudo, para a população que dela depende.

Um artigo recentemente publicado no British Journal of Medicine (BMJ)analisou de forma qualitativa o impacto da inclusão de médicos da área do exercício e desporto no Serviço Nacional de Saúde britânico, sublinhando o valor que acrescenta no seguimento de patologia musculoesquelética e na concussão.2 A experiência em Portugal é, neste âmbito, muito limitada.

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