Em Brighton, Reino Unido, entre 5 e 8 de maio de 1994, reuniram-se políticos e outros especialistas, nacionais e internacionais, sobre a temática da participação da mulher no desporto, organizado pelo British Sports Council e apoiado pelo Comité Olímpico Internacional. Pretendia-se discutir o modo de acelerar a participação e envolvimento da mulher no desporto. De 82 países estiveram presentes 280 delegados pertencentes a organizações governamentais e não governamentais, a comités olímpicos nacionais, federações desportivas nacionais e internacionais e outras instituições ligadas à investigação. Desta reunião saiu a Declaração de Brighton portadora dos princípios orientadores da maior participação feminina no desporto, a todos os níveis e funções.

Nos 20 anos seguintes, até 2014, o International Working Group on Women and Sport foi criado com o objetivo de monitorizar a implementação desta Declaração, dar apoio a nível nacional e regional e estabelecer uma rede internacional promotores do conteúdo da declaração. Seguiram- se várias conferências internacionais: Windhoek, 1988; Montreal, 2002; Kumamoto, 2006; Sidnei, 2010, sempre com o objetivo de melhorar a Declaração. Durante estes anos houve o acumular de informação e de compreensão sobre as limitações à participação cabal no desporto e na atividade física das raparigas e mulheres, assim como como acumulação de cada vez mais informação sobre os respetivos benefícios para a saúde e bem-estar.

A 6ª IWG World Conference on Women and Sport realizou-se em Helsínquia, entre 12 e 15 de junho de 2014, teve a participação de mais de 800 delegados de quase 100 países. O tema da conferência foi Lead the Change, Be the Change. Desta conferência saiu uma atualização da declaração original, onde se inclui a atividade física como sendo uma atividade importante do desporto para a rapariga e para mulher, passando o documento a chamar-se Brighton Plus Helsinki 2014 Declaration on Women and Sport (https://iwgwomenandsport.org/brighton-declaration/), a qual é dirigida a todas instituições, públicas ou privadas, “que influenciem, direta ou indiretamente, a condução, o desenvolvimento ou promoção do desporto e da atividade física ou que estejam de alguma forma envolvidos no emprego, educação, gestão, treino, desenvolvimento ou cuidado da mulher no desporto e atividade física”. Tem vários objetivos e é suportada por dez princípios: