Caso Clínico

Fratura de Stress do Colo do Fémur em Atleta de CrossFit

Fratura de Stress do Colo do Fémur em Atleta de CrossFit

Dr. David Gouveia1,2, Dr. Luís Pinto1,3, Dr. João Martins1,4, Prof. Doutor André Pinho4,5, Prof. Doutor António Sousa4,6

1Interno de Formação Especifica em Ortopedia e Traumatologia;

2Centro Hospitalar Tâmega e Sousa;

3Centro Hospitalar Tondela Viseu;

4Centro Hospitalar Universitário de São João;

5Assistente Hospitalar Graduado – Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar Universitário de São João;

6Diretor de Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar Universitário de São João.

Resumo

As fraturas de stress do colo do fémur são incomuns. A sua prevalência está aumentada em atletas. O género feminino apresenta maior risco. Mulher, 29 anos, praticante de CrossFit, referiu pubalgia direita após treino de alta intensidade. O Rx inicial não revelou alterações. A TAC e a RMN diagnosticaram uma fratura de stress do colo do fémur do tipo compressivo. A atleta foi submetida a tratamento conservador com descarga do membro lesado durante seis semanas. Ficou assintomática aos quatro meses e voltou ao desporto aos seis meses. As imagens de seguimento revelaram a consolidação da fratura. O diagnóstico e tratamento precoce destas lesões é crucial, dada a elevada taxa de complicações e morbilidade.


Palavras-chave

Lesão muscular, músculo longo adutor, lesão jogador professional
Muscle injury, long adductor muscle, professional football player

Summary

Femoral neck stress fractures are infrequent. They are more prevalent among athletes, with women being at a higher risk. A 29-year-old female amateur CrossFit athlete complained of right-sided groin pain after a high intensity training. An X-ray showed no signs of acute lesions, but further CT scan and MRI revealed a compression-type femoral neck stress fracture. The patient underwent conservative treatment, restricting full weight-bearing during six weeks. She became asymptomatic at four months and returned to sports at six months. Follow-up imaging confirmed fracture union. This diagnosis is crucial when assessing athletes, including amateurs, as early recognition is vital due to high complication and morbidity rates.

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