Este texto é o resumo de um estudo australiano, prospetivo, publicado online em 27 de setembro de 2022, onde analisou a associação da ingestão de café com o desenvolvimento de doença cardiovascular (DCV), arritmias e mortalidade.¹

Introdução: O consumo de café é bastante frequente em quase todas as sociedades e a cafeína (um dos mais de 100 constituintes biológicos) é a droga psicotrópica mais consumida no mundo inteiro.² A ingestão aguda causa estimulação simpática ao inibir a fosfodiesterase, aumentar o cálcio no citoplasma e estimular a libertação de noradrenalina e de adrenalina.³ por outro lado, o café é referido como o potenciador cognitivo mais comum, aumentando o estado de alerta mental e a concentração, mas níveis elevados de ingestão poderão causar ansiedade, inquietação, insónia, agitação psicomotora, sendo os efeitos tóxicos considerados para ingestões superiores a 1-2 gramas.⁴

O café tem levantado alguma preocupação na prevenção da DCV, pois o seu consumo tem sido considerado como um fator de risco evitável. Refere-se que 80% dos agentes de saúde tem recomendado evitar o seu consumo por parte dos doentes com DCV.⁵