Introdução e Objetivos do workshop

A ecografia (US) diagnóstica é uma modalidade de imagem comumente usada na medicina desportiva. Embora tradicionalmente usada para avaliar condições musculoesqueléticas, a US diagnóstica na medicina desportiva tem utilidade para múltiplas outras condições, nomeadamente avaliação ecográfica para trauma, estudo ecocardiográfico durante exame clínico de pré-participação desportiva, avaliação dos stocks de glicogénio muscular, medições do diâmetro da bainha do nervo ótico em atletas com pressão intracraniana aumentada e avaliação da disfunção das cordas vocais em atletas.¹

A ecografia musculoesquelética permite a observação, em tempo real, de estruturas articulares e peri-articulares, tais como superfície óssea, cartilagem, cápsula articular, músculos, tendões, inserções tendinosas e ligamentos.

Esta técnica recorre aos ultrassons para avaliar referências anatómicas e identificar patologias, tais como artrite, sinovite, derrame articular, deposição de cristais, calcificações, hematomas, fraturas, lesões ligamentares, bursites, teno-sinovites, tendinopatias e entesopatias de diferentes localizações. Patologia da coifa dos rotadores, síndromes de conflito, epitrocleítes e epicondilites, presença de corpos livres, doença de Osgood-Schlatter, rótula bipartida, síndrome do túnel do carpo, fasciite plantar ou neuroma de Morton, entre outras, poderão ser facilmente diagnosticadas. O workshop em ecografia musculoesquelética e intervencionismo ecoguiado pretendeu incidir acerca de conceitos de eco-anatomia e na técnica de exploração ecográfica para poder dar resposta a perguntas frequentes na prática clínica diária, tais como: existe rotura de fibras musculares ou lesão tendinosa? Qual a localização? Existe uma bursite, derrame articular ou sinais de sinovite? Existem calcificações tendinosas ou sinais de tendinopatia? Existe hematoma? Subcutâneo ou intramuscular? Existem critérios para infiltração eco guiada?²