EDITORIAL
Dr. Basil Ribeiro
Linha Única
O encontro anual promovido por uma sociedade científica médica é um momento extraordinário de partilha e de convívio. Não se busca apenas o saber científico que alguém experimentou ou que aprendeu em textos ou discursos que outros produziram. É um momento de encontro entre pessoas que se conhecem e se gostam, é uma oportunidade para outros conhecimentos, há muitas pessoas interessantes que não entraram ainda no nosso universo de relação. É a oportunidade para o abraço, para o riso desenfreado, para a história recontada, para a partilha da memória, para uns “copos” e jantares demorados, para o bem-estar que se cria naquele momento, para o olhar discreto para a colega cada vez mais formosa, para o olhar para o colega matreiro que os anos não envelheceu. Dentro da sala ouve-se com atenção, adormece-se por vezes, fazem-se perguntas, admira-se a novidade, enche-se a vontade de recriar o agora descoberto. Lá fora, nos corredores e à volta da mesa farta do coffee-break, atualiza-se a conversa e soltam-se mais uns risos. Há reencontro afetivo que o
telefonema esporádico tem substituído. A organização sente-se feliz, os participantes estão satisfeitos, e os palestrantes sentem a alma cheia pela sabedoria acabada de partilhar. Não são momentos de apenas meio corpo que os webinar e os zooms produziram, com caras cerradas, sérias e olhos sem brilho que entram em casa lá longe através dos écrans, as quais escutam e não falam, estão tristes certamente por não poderem abraçar. Mas num congresso nacional não é assim, há o abraço de corpo inteiro, os olhos esbugalham-se de contentamento, atrapalham-se as conversas, a mente aprende mais fácil. Fui convidado para palestrante e aceitei, inscrevi-me no congresso com grande expetativa, disseram-me agora que foi adiado. Não foi a organização que o adiou, foram todos aqueles que atempadamente não se inscreveram, não quiseram ser felizes no abraço que a medicina queria promover. Infelizmente esta é uma realidade transversal às outras especialidades médicas. O ano de 2023 seja de facto o ano do reencontro em busca do abraço perdido.
Basil Ribeiro, Diretor
DESTAQUES
RMD ANO 13 | Nº5
ENTREVISTA
Dr. Alexandre Rebelo Marques
TEMA
Rim do Desportista
Dr. Ricardo Miranda, Dr. Moisés Henriques
Atualmente é comum os especialistas em Medicina Desportiva lidarem com atletas com lesão renal. A hematúria é um dos primeiros sinais. A etiologia da lesão renal inclui o trauma renal e a hematúria induzida por exercício
TEMA
A declaração de Brighton
Dr. Basil Ribeiro
Em Brighton, Reino Unido, entre 5 e 8 de maio de 1994, reuniram-se políticos e outros especialistas, nacionais e internacionais, sobre a temática da participação da mulher no desporto, organizado pelo British Sports Council e apoiado pelo Comité Olímpico Internacional.
REPORTAGEM
XV Congresso da SPAT
Dr. Basil Ribeiro
Sintra é uma cidade bela que tem a fortuna de albergar o Centro Cultural Olga Cadaval. Tem uma história iniciada após o incêndio que destruiu o Cineteatro Carlos Manuel em 1985.
RESUMO E COMENTÁRIO
Head and Neck Injuries Associated with Cell Phone Use
Dra. Elisa Costa Moreira
Effects of sedentary behavior interventions on biomarkers of cardiometabolic risk in adults: systematic review with meta-analyses
Dr. Antony Fernandes Nogueira
TEMA
Medicina Desportiva no SNS
Dr. Paulo Pinheiro, Dr. Diogo Simões, Dr. Marco Botelho, Dr. Ricardo Miranda, Dr. Victor Coelho
A Medicina Desportiva é uma especialidade médica com um crescimento particular nos últimos anos. Apesar de reconhecida pela Ordem dos Médicos desde 1981, só em 2013 é que se iniciou a formação específica de acordo com um programa de internato médico definido.
TEMA
Que Intensidade e Duração para o Exercício do Jovem?
Dr. Basil Ribeiro
A prática regular de exercício físico é um fator de promoção de saúde e de prevenção de lesões, mas, apesar desta verdade inquestionável, as pessoas são cada vez mais fisicamente inativas com o evoluir da idade.
SPMD
6th International Consensus Conference on Concussion in Sport
Dra. Rita Tomás
CASO CLÍNICO
Rotura Aguda do Tendão Tricípite Braquial no Atleta: Lesão Rara e por Vezes Esquecida
Dr. Daniel Bernardino, Dr. Diogo Silva Gomes, Prof. Doutor. Marco Sarmento, Dr. Nuno Moura, Dr. António Cartucho
As roturas do tendão do tricípite braquial representam menos de 1% de todas as roturas tendinosas do membro superior. Apresentamos dois casos de atletas do sexo masculino, amadores, praticantes de crossfit e halterofilismo.
TEMA
Dopagem e a Patologia Respiratória Mais Frequente no Atleta
Dra. Rita Faria, Dr. Manuel Vaz, Dr. José Carlos Carneiro
Dada a importância da saúde, mas também do espírito de honestidade e igualdade fomentados na prática desportiva, torna-se relevante uma abordagem por parte dos médicos que permita tratar o desportista corretamente e, simultaneamente, que se cumpram as regras do espírito desportivo.
TEMA
Saúde Mental no Desporto de Alta Competição
Prof. Doutora Eluana Gomes, Ft. Renato Andrade, Prof. Doutora Cristina Valente, Prof. Doutor João Espregueira-Mendes
O impacto da doença mental no desempenho desportivo dos atletas de alta competição é cada vez mais reconhecido pela comunidade clínica e científica. As exigências do desporto de alta competição influenciam a saúde mental e aumentam o risco de doença mental.
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TEMA DA SEMANA
2024 AHA/ACC/AMSSM/HRS/PACES/SCMR Guideline for the Management of Hypertrophic Cardiomyopathy
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19º CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA DESPORTIVA DA SPMD – 2022-2023
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IOC FRAMEWORK ON FAIRNESS, INCLUSION AND NON-DISCRIMINATION ON THE BASIS OF GENDER IDENTITY AND SEX VARIATIONS
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