EDITORIAL
Dr. Basil Ribeiro
Linha Única
Os médicos andam no futebol para servir, há muitos anos que continuam a estudar para melhor servirem, e desde o início da carreira profissional cultivam os valores humanos mais nobres. Não se esquecem do Juramento Hipocrático que fizeram há muitos anos.
Num jogo de futebol, o médico entra em campo, habitualmente, por duas razões: 1.a – é o jogador que informa e pede ao árbitro assistência médica; 2.a – é o árbitro que manda o médico entrar dentro do campo. A partir deste momento, o médico é (deveria ser) a autoridade máxima no jogo de futebol, pois é ele a pessoa mais competente para gerir a situação médica, traumática ou não, entretanto ocorrida e para a qual foi chamado. Se tal não é verdade, haja coragem e retirem os médicos dos jogos e, depois, com mais conforto e tranquilidade o médico assistirá aos jogos da bancada.
A entrada do médico (equipa médica) em campo às vezes parece ser um estorvilho para o jogo, tal é a pressa que o árbitro tem em mandar sair a equipa médica, a qual deve avaliar rapidamente e tomar decisões céleres. O momento de contacto do médico com o jogador
deitado no campo nem sempre é fácil, sabe-se que o tempo disponível é curto, o espetáculo não deve parar, mas as queixas que o jogador apresenta naquele momento nem sempre são claras e objetivas, é preciso esperar e perceber, impõe-se pensar rápido e bem, e só depois decidir o melhor para o jogador.
O médico deve, com bom senso e sabedoria, atuar perante a situação para a qual foi chamado. Ele sabe que deve ser célere e que deve ajuizar bem. Deve fazê-lo sem a pressão do árbitro ou do jogador adversário que perturba e que o árbitro permite que ali esteja, o médico é soberano naquele momento, ou não seja ele … o médico. Presume-se, algumas vezes, que haja simulação, que o jogador esteja a forçar a mostragem de um cartão amarelo/vermelho ao adversário, mas o que é que o médico tem a ver com isto? Até poderá ser, mas primeiro ao médico devem ser dadas as condições para que ele conclua que não há qualquer problema de índole traumática ou médica. No final do jogo o árbitro saberá dar o tempo de compensação que achar adequado.
Dr. Basil Ribeiro, Diretor
Os médicos andam no futebol para servir, há muitos anos que continuam a estudar para melhor servirem, e desde o início da carreira profissional cultivam os valores humanos mais nobres. Não se esquecem do Juramento Hipocrático que fizeram há muitos anos.
Num jogo de futebol, o médico entra em campo, habitualmente, por duas razões: 1.a – é o jogador que informa e pede ao árbitro assistência médica; 2.a – é o árbitro que manda o médico entrar dentro do campo. A partir deste momento, o médico é (deveria ser) a autoridade máxima no jogo de futebol, pois é ele a pessoa mais competente para gerir a situação médica, traumática ou não, entretanto ocorrida e para a qual foi chamado. Se tal não é verdade, haja coragem e retirem os médicos dos jogos e, depois, com mais conforto e tranquilidade o médico assistirá aos jogos da bancada.
A entrada do médico (equipa médica) em campo às vezes parece ser um estorvilho para o jogo, tal é a pressa que o árbitro tem em mandar sair a equipa médica, a qual deve avaliar rapidamente e tomar decisões céleres. O momento de contacto do médico com o jogador deitado no campo nem sempre é fácil, sabe-se que o tempo disponível é curto, o espetáculo não deve parar, mas as queixas que o jogador apresenta naquele momento nem sempre são claras e objetivas, é preciso esperar e perceber, impõe-se pensar rápido e bem, e só depois decidir o melhor para o jogador.
O médico deve, com bom senso e sabedoria, atuar perante a situação para a qual foi chamado. Ele sabe que deve ser célere e que deve ajuizar bem. Deve fazê-lo sem a pressão do árbitro ou do jogador adversário que perturba e que o árbitro permite que ali esteja, o médico é soberano naquele momento, ou não seja ele … o médico. Presume-se, algumas vezes, que haja simulação, que o jogador esteja a forçar a mostragem de um cartão amarelo/vermelho ao adversário, mas o que é que o médico tem a ver com isto? Até poderá ser, mas primeiro ao médico devem ser dadas as condições para que ele conclua que não há qualquer problema de índole traumática ou médica. No final do jogo o árbitro saberá dar o tempo de compensação que achar adequado.
Dr. Basil Ribeiro, Diretor
DESTAQUES
RMD ANO 14 | Nº3
ENTREVISTA
Dr. Diogo Rodrigues Gomes
Médico de equipa do futebol profissional
Health & Performance Department – Sport Lisboa e Benfica
“… Desde logo, trata-se de um clube (Benfica) com dimensão mundial e com objetivos desportivos completamente diferentes dos contextos anteriores nos quais tinha trabalhado. Esse aspeto reflete- -se nos vários departamentos que integram o clube e que funcionam no suporte à equipa de futebol profissional. O Health & Performance Department (HPD) engloba uma equipa com diferentes grupos profissionais e diferentes valências, tendo como principais objetivos manter os atletas saudáveis, no máximo potencial das suas capacidades e disponíveis para a competição. De facto, a principal diferença sentida no trabalho diário, está relacionada com a maior densidade competitiva, em que as estratégias de recuperação assumem, ainda, um papel mais importante, uma vez que é fundamental manter os atletas prontos para competição, que habitualmente acontece a cada três dias. …”
TEMA
Biomecânica e Traumatologia do Padel
Helena Afonso Pais, Dr. Diogo Lino Moura
Padel is a recent sport but exhibits one of the biggest popularity growth rates worldwide. It differs from the rest of racquet sports since it is played in a smaller field, which translates to a higher frequency of shots, predominantly overhead shots. This factor contributes to a higher prevalence of injuries of the upper limbs in Padel when compared to other racquet sports, however, the most frequent injuries occur on the lower limbs. The scientific literature about traumatic lesions is still premature and limited. More studies are essential about the incidence, type and mechanism of injuries in this growing sport, the impact of game technique as a risk factor, identifying other risk factors, as well as developing preventive strategies.
SPMD
Incidência da paragem cardíaca no desporto
Dra. Rita Tomás, Dr. Basil Ribeiro, Prof. Doutor Hélder Dores
RESUMO E COMENTÁRIO
Physical activity volume, intensity, and incident cardiovascular disease
Drª. Alexandra Pimentel, Drª. Anabela Brito
Effect of Diet and Exercise on Knee Pain in Patients with Osteoarthritis and Overweight or Obesity. A Randomized Clinical Trial
Dra. Filipa Fernandes, Dra. Inês Bernardo Nunes
TEMA
A Lesão Desportiva e os Modelos Conceptuais
Prof. Doutor João Páscoa Pinheiro
Dra. Joana Pinheiro, Dra. Lurdes Rovisco Branquinho
The definition of sports injury is not consensual, allowing for different frameworks, classifications, and therapeutic programs. It has a high prevalence in the community and, due to its consequences, it is understood as a public health problem. Considering the conceptual orientation of the World Health Organization and the idea of functionality, it is important to promote the transition from the biomedical model to the biopsychosocial model in the context of sports injuries.
TEMA
Exercício Físico após a Implantação de Megapróteses: Revisão da Literatura
Dr. Diogo Neves Gameiro, Dr. Emanuel Cortesão Seiça, Dr. Alexei Buruian, Dr. Francisco Alpoim Gomes, Dr. Carlos Pereira
The use of megaprostheses is increasing in orthopedic field and physical exercise (PE) in these patients is considered dangerous. The purpose of this paper is to understand which PE level these patients achieve. This review comprised 5 articles based on research made in Pubmed® with the keywords megaprosthes* AND sports [MeSH term]. UCLA score varied between 4 and 7, with the maximum value obtained in patients with humeral reconstructions. 2 studies found a correlation between pre and postoperative PE level. Walking, bicycling, and swimming were the most performed activities. Low, medium, and even high-impact activities may be performed by well selected patients. However, more studies are needed, to a better counseling, and factors as age, preoperative PE level and patient expectations should be considered.
CASO CLÍNICO
Qual a Evidência Atual para o Retorno à Atividade Desportiva Profissional após Fratura Cervical? A Propósito de um Caso Clínico
Dr. Miguel Relvas Silva, Dra. Maria João Almeida, Dr. Manuel Ribeiro Silva, Prof. Doutor Nuno Neves
Sports activity represents one of the most common causes of traumatic cervical injuries, with major impact in patients’ quality of life. There is controversy regarding guidelines for safe return to sports, mainly in contact/collision sports and among patients submitted to surgical treatment of cervical injuries. The authors report a clinical case of a young athlete treated with cervical corpectomy and anterior instrumented arthrodesis due to a cervical fracture, his clinical recovery with progressive return to sports and perform a revision on this topic.
TEMA
Emergências em Voo: Enquadramento da Atuação do Médico Voluntário
Dr. Rui Pombal
It is estimated that about 18.2 medical occurrences per million commercial aviation passengers occur annually worldwide. The characteristics of the cabin environment have an overall physiological and functional impact that influences onboard emergencies and their approach. In-flight intervention is essentially based on crew action, first aid equipment and potential support from volunteers and/or ground-based guidance. The equipment available on board and the context and duties of the doctor who volunteers to help assist the ill passenger are discussed. To facilitate the performance of the volunteer doctor, a pictorial mnemonic and an offline application are suggested.
ARTIGO
O Spinning e a Rabdomiólise
Dr. Basil Ribeiro
A rabdomiólise resulta da destruição do músculo esquelético com libertação subsequente do conteúdo intracelular para a corrente sanguínea. Está habitualmente relacionada com o esforço físico extenuante, mas também com outras causas: trauma, comprometimento vascular, drogas, toxinas e infeções. As queixas mais frequentes são a dor, a fraqueza muscular, o edema local e a urina escura, embora nem sempre esteja presente. O alongamento passivo aumenta a dor. Nas complicações mais graves, referem-se insuficiência renal aguda, a síndrome do compartimento (queixas semelhantes) e a hipercaliemia. A rabdomiólise relacionada com o spinning tem vindo a ser referida cada vez mais na literatura médica desde o primeiro caso relatado em 2004.
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TEMA DA SEMANA
2024 AHA/ACC/AMSSM/HRS/PACES/SCMR Guideline for the Management of Hypertrophic Cardiomyopathy
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IOC FRAMEWORK ON FAIRNESS, INCLUSION AND NON-DISCRIMINATION ON THE BASIS OF GENDER IDENTITY AND SEX VARIATIONS
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