INFORMAÇÃO
FT. Nuno Arnaut Pombeiro
Portaria n.º 88/2024/1, de 11 de março
Foi hoje publicado em Diário da República, a Portaria n.º 88/2024/1, de 11 de março, que vem estabelecer os requisitos mínimos relativos ao licenciamento, instalação, organização e funcionamento, recursos humanos e instalações técnicas das unidades de medicina física e de reabilitação, unidades de fisioterapia, de terapia da fala e de terapia ocupacional detidas por pessoas coletivas públicas, instituições militares, instituições particulares de solidariedade social e entidades privadas.
A presente Portaria entrará em vigor a partir de amanhã e estabelece uma série de novos requisitos de funcionamento e organização, concedendo um prazo de adaptação alargado para as entidades abrangidas acomodarem os requisitos técnicos de funcionamento aqui previstos.
Questões tão importantes, como as relacionadas com a obrigatoriedade de seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos inerentes à atividade, a existência de um regulamento interno e sobre as condições de funcionamento e organização interna, são aqui disciplinadas e reguladas.
A interpretação e aplicação da referida Portaria não estará seguramente isenta de dúvidas e questões, contudo, reconhece-se a extrema importância da mesma, para a organização e dignificação das atividades em causa.
Para o efeito, contamos com o auxílio inestimável da nossa Ordem dos Fisioterapeutas para a correta interpretação e aplicação da Lei, para que a implementação das normas aqui em causa, seja feita de forma sólida e eficaz.
EDITORIAL
Dr. Basil Ribeiro
Linha Única
Terminar um ano civil é algo de extraordinário, significa que se cumpriu mais uma etapa da vida em que muitos projetos se realizaram e outros se projetaram para o ano seguinte. É este um bom momento para a reflexão sobre os momentos vividos, sobre os sucessos alcançados e sobre os temas inacabados. O confronto com a nossa consciência deixa-nos, ora felizes, ora tristes, pois tanta coisa foi ignorada, principalmente a solidariedade e a contribuição para o bem comum. Somos muito importantes para nós próprios, mas não vivemos sozinhos. Enriquecemos, mas são os outros que nos ajudam na tarefa. Contudo, continuamos a pensar apenas em nós, a lamentar que nada se faz, ou seja, apenas se faz aquilo que eu não tenho feito, logo nada acontece. Bem sei que a sociedade é exigente, competitiva, corrói-nos o tempo, mergulha-nos na nossa solidão social, pouco nos importamos com o bem coletivo. Curiosamente, esta parcela muito particular da nossa atividade profissional há muito que deixou de ser um bem coletivo, tornámo-nos especialistas, não faz falta contribuir para o progresso da nossa especialidade. Alguém o fará, alguém se cansará, não faz falta eu contribuir. É com esta mágoa que inicio o 15º ano da Revista, foram publicadas 84 edições de modo regular e ininterrupto, é um caso de estudo, dizem alguns. Bom ano de 2024.
Dr. Basil Ribeiro, Diretor
DESTAQUES
RMD ANO 15 | Nº1
ENTREVISTA
Dr. Carlos Magalhães.
A minha licenciatura em Medicina foi feita no ICBAS – Universidade do Porto. Nesses tempos de Faculdade mantive sempre ligação ao Desporto. Após a realização do exame para a especialidade optei pela Cirurgia Geral. Quando terminei a especialidade, tinha já realizado a Pós-Graduação de Medicina Desportiva pela FMUP e acabei depois por concluir a especialidade de Medicina Desportiva. … o ambiente de uma sala de bloco operatório é um ambiente muito próprio que se pretende tranquilo, onde existe uma equipa, onde todos têm uma posição e uma função com o objetivo de a intervenção de correr da melhor forma possível. A ansiedade que antecede os momentos antes de juma partida de futebol existe também muitas vezes antes da intervenção cirúrgica, principalmente quando temos que intervir sobre situações complexas. … a atribuição deste Dragão de Ouro foi, por certo, um dos momentos altos da minha carreira ligada ao desporto. No passado, recebi dois prémios na área do desporto, que também muito me honraram: o Prémio de Mérito e Excelência pelo Centro Desportivo da Universidade do Porto e o Galardão de Prestígio pela federação Académica do Desporto Universitário. Esta nomeação por parte do F C Porto, e dos eu Presidente, representam o reconhecimento pela minha carreira no departamento médico do FCP, que leva já quase 15 anos.
TEMA
Conflito Femoroacetabular no Atleta
Dr. José Ricardo Oliveira, Dr. Miguel Pimentel, Dr. João Dinis, Dr. André Sarmento, Dr. David Sá
Femoroacetabular impingement (CFA) is a common cause of thigh pain in athletes. This pathology is characterized by a conflict between the proximal femur and the acetabular rim. Athletes typically become symptomatic after reaching skeletal maturity and often describe deep inguinal pain that worsens with physical activity, squatting, cutting, or pivoting motions. For this reason, sports like football and hockey can be particularly painful for an athlete with CFA. In addition to its conditioning role in sports, CFA can lead to premature wear of the hip joint with the early onset of coxarthrosis. Currently, CFA can be reliably diagnosed through careful history taking, a thorough physical examination with specific provocative tests, and a pertinent imaging evaluation. The objective of this review is to provide information about the pathogenesis of CFA, describe in detail the classic history and the elements of the physical examination and finally present the various types of treatment that can be applied to these patients.
RESUMOS
Novembro de 2023
Resumos do Congresso da SPOT
Dr. Henrique Jones
Introdução e objetivos do workshop
Dr. Nuno Loureiro
Como utilizo o ecógrafo no diagnóstico das lesões desportivas e intervenções ecoguiadas?
Dr. Miguel Oliveira Castro
Ecografia musculoesquelética: a perspetiva do radiologista
O reumatologista e a ecografia como ferramenta diagnóstica ou de apoio terapêutico. Como e quando?
Dr. Pedro David Carvalho
Dr. Rui Sales Marques
O papel da ecografia no apoio à reabilitação após a lesão do músculo esquelético
Recordar com carinho
Dr. Veloso Gomes
“Em 2023 fui homenageado pelo Centro Hospitalar e Universitário do Algarve, reconhecimento pela carreira de Cardiologia e Medicina Desportiva. Em 2023, no Dia Mundial da Saúde foi-me atribuída pelo Ministério da Saúde a medalha de grau Ouro pelos serviços prestados. Fui Diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital de Faro e Coordenador das Doenças Cardiovasculares da ARS do Algarve … No S. C. Farense dirigi uma equipe médica multidisciplinar, convivendo com muitas direções do clube, departamentos técnicos e centenas de atletas de futebol, milhares se consideradas todas as modalidades … Como atleta amador fui praticante de futebol a nível universitário, campeonatos regionais, do Inatel e inter-hospitais. Fui vice-campeão nacional de futebol militar, pela equipa do RI4 de Viseu, em 1979 … Sou Diretor Clínico da Clínica de Cardiologia e Medicina Desportiva Veloso Gomes, em Faro. Na área da Medicina Desportiva trabalho sobretudo em exames de sobreclassificação em várias modalidades … O desporto deve ser para todos. O exercício físico é o melhor medicamento de todo o arsenal terapêutico. É o mais barato e com menos efeitos secundários. Prescrever exercício não é perder tempo: é ganhar anos de vida e anos com qualidade de vida.”
TEMA
Lesão da Placa Plantar: a Importância do Diagnóstico Diferencial
Dr. João Santos-Faria, Dr. Flávio Ribeiro, Dra. Carla Hovenkamp, Dra. Joana Santos-Costa, Prof. Doutor João Paulo Branco
Plantar plate lesions are a common cause of metatarsalgia, a prevalent symptom among the general population and athletes. The plantar plate is a fibrocartilaginous structure located in the plantar side of the feet, that is partly responsible for articular stability. High-impact activities and overuse contribute to plantar plate lesions. The diagnosis is mainly clinical but magnetic resonance imaging and ultrasound can be useful for differential diagnosis. Generally, conservative management, which includes analgesia, shoe adaptation and rehabilitation, is the preferred first treatment option. Surgical treatment is indicated for severe cases or refractory cases, and post-surgical rehabilitation is mandatory for prognostic optimization.
RESUMO E COMENTÁRIO
Association between estimated cardiorespiratory fitness and breast cancer: a prospective cohort study
Dr. Joel Ribeiro Pires Costa; Dr. Matheus de Azevedo Paiva
Device-measured physical activity, sedentary time, and risk of all-cause mortality: an individual participant data analysis of four prospective cohort studies*
Dr. Gonçalo dos Santos, Dr. Carlos Lobão
SPMD
The world anti-doping code – Prohibited List 2024
Dr. Basil Ribeiro, Prof. Doutora Maria João Cascais
The List of Prohibited Substances and Methods for the year 2024 has already been published by the World Anti-Doping Agency and came into force on January 1st across the world and for all sports. At the same time, a document was published with changes in relation to the List published for the year 2023. Of particular note is the inclusion of tramadol as drug prohibited in competition. In this text, reference is also made to the corticosteroid washout times, to the monitoring program and the Therapeutic Use Exemption whenever the athlete needs to take a prohibited medication included in the List. Attention is also drawn to the beta-agonists drugs widely used in the treatment of asthma.
Opinião
Mudança Comportamental e Exercício: a Primeira linha Esquecida e Negligenciada
Dr. Lucas Brink Carvalho, Dra. Júlia Ribeiro
ASPETAR – Women’s Football (Summaries)
Dr. Basil Ribeiro
⦁ “Female athlete health in women’s football”
⦁ “ACL rehabilitation in elite female footballers”
⦁ “Groin Pain in women’s football”
⦁ “Embracing women’s football growth at your club”.
Candidaturas até:
Eletrocardiografia 15/3
Reumatologia – 17/3
Nutrição clínica – 19/3
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TEMA DA SEMANA
2024 AHA/ACC/AMSSM/HRS/PACES/SCMR Guideline for the Management of Hypertrophic Cardiomyopathy
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